Era cocha e o Senhor fez-me andar.
Era surda e o Senhor fez-me ouvir.
Minha respiração era débil
E o Senhor retirou-me do covil.
Meu alento estava desviado
E o Senhor fez-me dele seu aliado.
Orei sem entender a força da oração,
Clamei sem certezas que existiria mesmo outra mão.
Sofri porque não vivi.
Ri porque o Alto assisti.
E senti.
Meu Criador, meu Pai, meu Amor e Terror.
Sem Ti nada faz sentido
Porque é em ti que se encontra o abrigo.
Tudo vem até nós
Se soubermos exactamente desamarrar certos nós.
Todo o caminho percorrido
Tem um certo sentido.
Quando se chega ao futuro
Entende-se que o passado foi sempre o futuro.
Revira-se as coisas e volta-se às coisas
Mas toda a Revira-E-Volta é feita sobre outro prisma.
Aprendamos a saborear o caminho.
Somos meros pós.
Escutemos os ancestrais avós.
Nunca estamos sós.
Saboreemos o caminho.
Saboreemos o caminho.
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