quarta-feira, 25 de maio de 2022

Mensagem de Luz da Verdade ✨

 Livro dos Atos dos Apóstolos 17,15.22-34.18,1

O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe é o Senhor do céu e da Terra. Não habita em templos feitos por mãos humanas, 
nem é servido pelas mãos dos homens, como se tivesse necessidade de alguma coisa. É Ele que a todos dá a vida, a respiração e tudo o mais. 
Criou de um só homem todo o género humano, para habitar sobre a superfície da Terra, e fixou períodos determinados e os limites da sua habitação, 
para que os homens procurassem a Deus e se esforçassem realmente para O atingir e encontrar. Na verdade, Ele não está longe de cada um de nós. 
É nele que vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dos vossos poetas: "Somos da raça de Deus".

Evangelho segundo São João 16,12-15.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora. 
Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. 
Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo. 
Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo».

São John Henry Newman (1801-1890)
teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «Christ Manifested in Remembrance», PPS t. 4, n.° 17
Ao deixar os apóstolos, vendo-os tristes, Nosso Senhor consolou-os com a promessa de lhes enviar outro guia e mestre, em quem poderiam depositar a sua confiança, e que seria para eles mais do que Ele tinha sido. [...] Mas este novo e misericordioso Consolador, trazendo consigo uma graça ainda maior, não podia esconder nem obscurecer Aquele que O tinha precedido. [...] E, ao manifestar-Se, não podia senão manifestar o Filho, pois Ele é um com o Filho, Ele é o Espírito que procede do Filho. Nem poderia deixar de lançar nova luz sobre a compaixão e as perfeições daquele cuja morte na cruz abriu ao Espírito Santo um acesso misericordioso ao coração do homem. [...]
Cristo disse explicitamente aos seus apóstolos: «Ele Me glorificará». [...] Como é que o Espírito glorifica o Filho de Deus? Revelando que aquele que Se entregou como Filho do homem era o Filho único do Pai (cf Jo 1,18). [...] Realmente, o Salvador tinha afirmado que era o Filho de Deus [...], tinha dito tudo o que era necessário dizer-nos, mas os seus apóstolos não O tinham compreendido. Mesmo confessando a fé com convicção sob a secreta ação da graça de Deus, não compreendiam ainda tudo o que afirmavam. [...]
As palavras do nosso Salvador permanecem, mas aguardam algum tempo até serem esclarecidas; era isso que Ele guardava para a hora da vinda daquele que enviaria. Seria o Espírito a trazer para a luz total a sua pessoa e as suas palavras. [...] Aparentemente, só após a ressurreição, e sobretudo após a ascensão, com a descida do Espírito Santo, é que os apóstolos compreenderam quem tinha estado com eles.

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